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Aberta há mais de 40 anos, a Santa Marta ampliou as atividades, mas o carro-chefe continua sendo o pão português.
São mais de 500 unidades por dia, preparadas pelo mestre das massas. O pequeno custa R$ 1,80 e o grande, R$ 3,60. Tem gente que vem de longe para comprá-lo. A cliente Leda do Santos, por exemplo, é de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e quando está em São Paulo para visitar a irmã, não deixa de passar para pegar o seu pão. “E faço propaganda por onde passo”.
Estamos falando do pão português, criado há dez anos na padaria Santa Marta, no bairro do Sumarezinho. “Nós que começamos e mantemos, sai fornada o dia inteiro. Em relação ao pão italiano, o português é mais crocante e macio. O pão italiano é feito para serrar, o português para abrir as folhas”, detalha o sócio-proprietário da Santa Marta, Francisco Oliveira.
O estabelecimento aceita reserva de tamanho menor: com 50 gramas, em média, a unidade custa R$ 1,00. E para quem entra no local para comer um lanche, o pão português também é servido como opção. “É um lanchão”, brinca Francisco.
Outra exclusividade da padaria é a adaptação do biscoito de polvilho incrementado com parmesão. A produção também é diária e o quilo sai por R$ 39,90. “Agora vários lugares vendem. Existe até uma fábrica que faz a pré-mistura. Mas nós só usamos produto natural”, diz Francisco.
Apesar de ser pioneira nos itens citados, a fama da Santa Marta nasceu mesmo do tradicional pão francês. A ponto de o quadrinista brasileiro Fabio Moon, premiado no exterior, ter lançado junto com o irmão gêmeo, Gabriel Ba, a revista underground “10 pãezinhos”, baseada no seu hábito diário de ir até a padaria para comprar dez pãezinhos. Ao dizer o motivo de preferir o pão do local, Fabio dá uma explicação que o remete a coisas de infância: “É o mais crac, crac”. O endereço do seu e-mail começa com 10paezinhos. A tira “Quase Nada”, de Fabio e Gabriel, é publicada aos sábados, no jornal Folha de S. Paulo.
Assim como outras padarias, a Santa Marta também ampliou o atendimento. Das 11 às 16h, serve bufê no almoço a R$ 38,90 o quilo, de domingo a domingo. São pratos frios – saladas e legumes – e quentes, com opção diária de peixe e carne, mas sem grill. O jantar é servido de segunda a sábado, das 19 às 22h, incluindo opções de sopa e pizza.
Para quem quer cozinhar em casa, há a opção de massas como lasanha e canelone em porções individuais. O quilo do nhoque de mandioquinha é de R$ 20,90.
