Cada cantinho de casa, inclusive em varandas e locais com pouco espaço, pode ser aproveitado para colocar uma plantinha, um vasinho, uma flor ou um jardim.
É inegável! As plantas têm o poder de refrescar, embelezar e perfumar qualquer ambiente. Não é à toa que os paisagistas estão sendo cada vez mais requisitados para transformar os espaços e deixar tudo mais verde com folhagens apropriadas, flores e até temperos.
Segundo a paisagista Bel Azevedo, do Santo Quintal Paisagismo e Interiores, qualquer construção valoriza de 20 a 30% após a colocação de um jardim ou algum cantinho florido. “Faço muitas reformas de ambientes, primeiramente verificando o desejo ou o anseio dos moradores, depois fazendo estudos e adequando as melhores plantas ao local a ser reformado”, revela.
Bel, que trabalha com as filhas Caren, arquiteta, e Andrea, engenheira civil, diz que adéqua as plantas aos ambientes em que trabalha sempre de acordo com a incidência de sol, chuva e, principalmente, vento. “O vento é um dos elementos que mais interferem no paisagismo, isso porque ele consegue ressecar e matar uma planta até mais que o sol”, revela a paisagista. Sendo assim, plantas de folhagem muito larga ou espécies que exigem solo muito úmido não podem ser usadas para compor jardins onde o vento incide com frequência.
As pequenas varandas de apartamento podem ser transformadas em um convidativo e relaxante jardim. “Muitas vezes, poucas interferências podem dar grandes efeitos, até mesmo em espaços bem pequenos. O uso de pedrinhas no solo ou mesmo grama (a depender da estrutura do local), folhagens e flores em vasos mudam os espaços antes sem vida em cantos aconchegantes e bem tranquilos”, complementa Bel.
Os jardins verticais também são excelentes para quem deseja transformar espaços pequenos. “A partir de 1 metro por 1, é possível adaptar esses jardins, usando como base bambu, madeira de demolição, grades, acrílico, entre outros, e deixando fluir a criatividade na escolha dos vasos”, acrescenta.
É preciso que se diga que todos os jardins atraem visitantes bonitinhos, como joaninhas, borboletas e pássaros e outros nem tanto, como lagartinhas, mosquinhas, etc., pois é um ecossistema. “É impossível ter um jardim estéril, principalmente porque o que é bom para nós, é bom para outros seres da natureza e vice-versa. Uma boa solução é usar agentes biológicos de combate (joaninhas comem pulgões) e, assim, proteger a todos”, finaliza a paisagista.