Comemorando dez anos, o empório e restaurante do Sumaré se mantém fiel às tradições nordestinas.
O casal Graça e Gabin se divide entre a cozinha e o salão. Ambos são de Bananeiras, cidade próxima à Campina Grande, no sertão paraibano. Vieram para São Paulo em 1977, em busca de novas oportunidades de trabalho, como muitos conterrâneos fizeram.
Seu Gabin, ou José Arimateia Silva, “pouca gente sabe que esse é meu nome”, foi pedreiro, zelador de prédio. Gabin foi o apelido que uma das irmãs lhe deu e ele incorporou ao nome. Quando faltou trabalho, ele, que morava na Rua Capital Federal, abriu um pequeno bar. “Vendia cerveja e cachaça”, conta D. Graça, que sempre teve mão boa para cozinhar e começou a servir petiscos para os clientes. Assim começou o negócio.
O lugar é uma mistura de empório, bar e restaurante. Não tem placa ou letreiro, mas é fácil de ser achado. Seu Gabin pretende ampliar:“Quero, no próximo ano, finalizar a obra na parte de cima, ampliar a cozinha e dar mais conforto aos clientes.”Segundo seu Gabin, são poucos os conterrâneos que aqui aparecem. “A maioria é daqui da região e muitos vêm todos os dias”, diz. D. Graça coordena as atividades da cozinha e distribui as tarefas para seus auxiliares. Os filhos do casal aos poucos vão dando expediente.
Tem uma variedade de produtos típicos do Nordeste. Seu Gabin conta que “muita gente vem aqui buscar produtos para cozinhar em casa”. Para manter o estoque, recebe remessas frequentes. Tem rapadura, feijão de corda, fava-branca, biscoito salgado e doce, goma de tapioca e não poderia deixar de ter várias marcas de cachaças e de pimentas.
O cardápio é bem variado. Diariamente tem carne de sol, sarapatel, galinha caipira acompanhado de feijão de corda, farinha. Baião de dois é servido na quinta, no domingo e nos feriados. A feijoada é prato de sábado. Abre todos os dias e serve a clientela até às 22 horas. É chegar e se fartar.
Casa do Norte do seu Gabin
Rua Aimberê, 1.146
Telefone 3673-1768
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