Vacinas, para|que te quero?

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Vacinação de adultos somente na hora de viajar

Com a chegada do verão e também com a vinda de eventos internacionais importantes para o Brasil, é imprescindível renovar a carteira de vacinação, mesmo sendo adulto.

Os adultos só se preocupam com suas vacinas na hora de viajar. “Independente do destino e da idade, é importante estar sempre em dia com a carteira de vacinação”, recomenda o dr. Jessé Reis Alves, assessor médico do serviço de Vacinação e da Consulta do Viajante do Fleury Medicina e Saúde.

Para o médico, muitos adultos não recordam quais enfermidades tiveram na infância. Por essa razão, atualizar as vacinas é imprescindível para evitar doenças como sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), entre outras. “Quem nasceu após 1960 tem de reforçar a tríplice viral em algum momento, indo ou não viajar. O ideal é que a pessoa faça ao menos duas doses durante a vida como prevenção, mesmo porque, em alguns países da Europa e também da África, o sarampo ainda persiste”, avisa o médico.

Para o dr. Jessé, o roteiro de uma viagem é menos importante para um viajante do que a atualização de seu calendário de vacinação. “É preciso sempre consultar um médico para que ele recomende qual vacina o indivíduo necessita em determinado momento de sua vida. E isso vale tanto para adultos quanto para crianças”, diz.

O médico acrescenta que, assim como as vacinas, alguns outros cuidados devem ser redobrados na hora de viajar. “Em destinos que apresentem histórico de dengue, é preciso se precaver usando repelente. Em locais quentes, com clima tropical, deve-se tomar cuidado com o que se come e se bebe para evitar doenças diarreicas comuns”, alerta.

Algumas vacinas devem ser reforçadas, como a da hepatite A, que ainda não consta do calendário público, a de tétano e difteria (que têm de ser renovadas a cada dez anos), a da hepatite B, de contágio sexual e que “pega” muita gente nas épocas de carnaval e férias, e a do HPV, imprescindível para mulheres a partir de nove anos e também para homens. Já com relação ao tempo, o médico diz que o ideal é completar o ciclo das vacinas, principalmente as de esquemas múltiplos (como a da hepatite B). “Recomendamos tomar a da hepatite B quatro semanas antes da viagem e a de febre amarela dez dias antes, por exemplo. Outras, como a da hepatite A, podem ser aplicadas na última hora mesmo”, finaliza o dr. Jessé. 

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